Fui ao cinema assistir a Parte 2 esperando pouco e a contragosto, confesso.
Mas se logo nos primeiros minutos o filme conseguiu me fisgar com belos planos abertos e silhuetas na contraluz do sol poente, no ponto em que o Timothée Chalamet vai se aventurar a dar rolê de minhoca eu já havia sido completamente arrebatado.
As escolhas de enquadramento e o design de som te fazem sentir ser uma testemunha viva daquele universo. É muito doido. O olho resseca, a garganta também, e quando tu se dá conta a garrafa de água que você levou junto já foi toda.
É uma experiência sensorial.
Saí da sessão repensando minha relação com a sala de cinema. Se há pelo menos uns 5 anos afirmo, categórico, que prefiro assistir filmes no conforto do meu sofá, depois de Duna já não tenho mais tanta certeza.