Quando eu ouvi o Slave Ambient pela primeira vez eu mergulhei de cabeça no mar de éter que o disco projeta. Isso provavelmente justifica o fato de eu ter ouvido o Lost in the Dream tão pouco na época em que ele foi lançado: era um bom disco mas não me pegou do mesmo jeito que o antecessor.
Mas tem obras que se beneficiam com a passagem do tempo, e esse disco é uma delas. Se hoje eu considero o The War on Drugs como uma das bandas mais interessantes e consistentes da cena alternativa, isso se dá graças aos passos corajosos que eles deram em 2014, que ditaram o rumo mais pop que a banda tomou dali em diante.
Não adianta. O Adam Granduciel sempe soube muito bem o que ele tava fazendo.
Comprei minha cópia do LP no final do ano passado, com ela chegando em tempo pra eu comemorar os 10 anos desse baita disco que marcou o início da transição de um The War on Drugs lo-fi pra uma produção mais polida a cada novo lançamento.