De um lado, Lionel Ritchie e Michael Jackson no auge de suas carreiras tentando juntar em uma sala 40 dos maiores artistas pop da época, ao passo que compunham uma música para uma campanha beneficente. Tudo isso em pouco mais de uma semana.
Do outro, a leveza do mago Quincy Jones em não apenas domar estes 40 egos reunidos em um estúdio, mas também produzir em apenas uma madrugada o hit que viria a se tornar um checkpoint temporal da musica pop.
Trabalhar sob pressão é uma merda, mas tenho pra mim que são justamente as limitações – sejam elas de tempo, habilidade ou do formato – que imprimem personalidade à uma obra. Mas no fim das contas, o documentário não é sobre limitações ou sobre o tempo que levamos para fazer algo, mas sim sobre o quanto que aquilo que fazemos reverbera ao longo do tempo.
Pra quem cresceu em lares onde os estéreos reproduziam as vozes desses vários artistas, o documentário é uma bela jornada de volta pra casa, ainda que a gente saiba que ao final a casa não estará mais lá.